sábado, 16 de junho de 2007

outro dia

eu não quero ocupar a sua frente; quero que você tenha escolhas.
se não agora é porque não ontem. aquele dia você tava com pena.
ainda bem que posso ver claramente sua imagem se formar apartir do gelo seco e disforme.
ainda bem que nesse ponto, minha memória não falha.
não descubro nunca em que língua está escrito esse papel que te rotula. se eu soubesse, eu te garanto: eu iria até netuno procurar a tradução.
o que ocupa tua mente que é cheia mas também pode ser vazia?
você ainda tem medos? porque ultimamente, eu ando cheia deles.
o salto que sustenta meu corpo é o mesmo que pode me fazer cair.
nada é estável, meu amigo.
nem minha tristeza, nem os labirintos.
tudo nessa vidinha besta, meu Deus, muda.
tudo muda e todo mundo acaba mudo.
quando o medo for agudo ninguem vai conseguir gritar.
mas por enquanto as desigualdades do mundo estão em equilíbrio.
não seria o caos um jeito de por tudo em ordem? pois foi o que me disseram.
vai estar tudo bem enquanto eu tiver guardado os farelos de afeto, pedaços de risos, aquele sentimento bom que vinha e ia.
mas eu ainda lembro.


-tomara que eu não os perca por aí quando estiver fugindo de qualquer coisa.


3 comentários:

  1. O texto perfeitamente é, perfeito.

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  2. nem sei oq dizer.

    Serve: "nada se perde nada se cria tudo se TRANSSSSSSSSSSformaaaa"??

    se não servir eu fico te devendo.

    ;*

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