sexta-feira, 27 de julho de 2007

o nada.

é como se desde aquele dia eu andasse com um dos cadarços desamarrado.
não sabendo onde começa nem onde termina o texto.
mas, caso você não tenha notado, só tinha uma estrela no céu hoje.
pra mim, mais parecia que ela era a única do universo. e por isso, não sei lhe dizer como (já que não haviam nuvens), a natureza realizou o milagre de um pranto infundado. breve, mas sentido.
É, mesmo sem nuvens, o céu chorou. Logo, não era produto da condensação das águas do Oceano Atlântico. Eram lágrimas de verdade aquelas que o pára-brisa do coletivo jogava, sem pena, de um lado para o outro.

Não interessa se hoje é sexta ou se estamos em plena segunda-feira.
Eu, inerte em um espaço que não possui cometas, nem estrelas, nem plutões...
Consegue ouvir? Se não entende, é porque as gotas falam a língua do adeus, e vivem se despedindo: se despedem do céu, e quando vêm o Sol, se despedem da terra.
Séria bom ser assim, independente, desprendida, sem permitir que os 'adeuses' interferissem na minha função de refrescar os ombros quentes e cansados, regar as sementes mudas e as tagarelas. Ser resignada e paciente ao esperar minha vez de molhar seu telhado, limpar seu quintal, regar seu caqueiro, umedecer suas roupas que esperam o sol no varal, borrar o endereço das cartas que esperam por alguém, um dia. Enquanto minha vez não chega, vou caindo e me deixando cair ruidosamente nessa terra de ninguém.
Sou gota de luz, gota de orvalho.
Me desfaço e evaporo da vida de quem achar que é melhor assim.
Só molho quem gosta de banho de chuva, quem seca de desejo.
Molho a garganta de quem arde, embeba os panos comigo ainda quente e põe na testa pra ver se a febre passa. Pra ver se melhora. Então, eu sou remédio.
Repita seus erros, e no final do dia, vá se deitar pra esquecer que não é chuva nem remédio.
"Só não esqueça de amarrar esses cadarços logo", disse alguém.
Mas é só uma voz balbuciando qualquer coisa. Não pode ser comigo:
eu vivo de pés no chão, agora.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Brigando para que esteja livre
com o coração no estomago e um nó na garganta
ali sozinho, dentro um arrepio, mas porque ela não
está?
E são estranhos amores que nos fazem crescer e sorrir
entre lágrimas
Quantas páginas para escrever, sonhos livres para
dividir.

animal sentimental.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

error

aiin que saco, meu
postei o endereço errado,
é

movimentandomundo.blogspot.com

aiin que raiva ;//

segunda-feira, 23 de julho de 2007

ativismo já ;D


é uma causa justa.
a gente tem que lutar pela vida.
ajuda aí ;x
movimentandomundo.blogspot.com


.

domingo, 15 de julho de 2007

isto você nao pode apagar

eu sei que tenho andado te empurrando para longe, espantando, afugentando. mas é que você não pode mais ficar aqui.
se meu coração é seu? é sim, sim.
mas o coração agora se reduz à uma massa da medida da minha mão cerrada, pulsante e cheia de veias que me mantém viva. e que bombeia todo esse sangue que talvez até eu secaria por amor.
mas 'amor' é a palavra mais complexa e nojenta que conheço.
é como se fosse dinheiro: todo mundo usa, ou queria usar. é tido como tesouro. tem gente até que ama o dinheiro. mas todo tipo de mão o amassa, rasga, rabisca, estraga, suja.... suja.... suja....
assim é o amor; quanto mais você pensa na quantidade de gente imunda que já o tocou e desfigurou, mais nojo você tem, ou mais desejo, não sei.
mas, apesar do nojo, [eu já ia esquecer de mencionar] quem não precisa de dinheiro?

tem gente que gosta de pensar que amar tá na moda, e se todo mundo usa, então é porque é legal.
eu queria não chamar de 'amor' isso que sinto.
mas é inevitável. eu posso reiventar minha vida, meu quarto, minha mochila, mas não as palavras. eu até posso. mas com certeza o resultado seria desastroso demais, além do que ninguém entenderia. e eu quero muito que entendam.
não me julguem, por favor, se no seu caso, o amor for seu protegido. mas eu só sou uma pirralha ofendida, meio crescida, indecisa, maltrapilha e bobalina. que já teve piolho, catapora, calcinha meio velha, sapato furado, e zerou prova.
por isso eu me considero alguém.
quer dizer, por isso e porquê não sou invisível. e se o sou pra alguns, minhas palavras hão de sair da sombra um dia.
siiim, eu expliquei porque o amor é nojento, e isso não é nem de longe verdade absoluta (tem gente que até leva ele pra cama). mas, fantasias à parte, o amor é complexo.
duvido que o Romeu tinha o mesmo e gêmeo amor da Julieta.
ou que a chupeta ame tanto e tão intensamente o bebê como ele demonstra em prantos por causa da ausência da chupeta na sua abertura orbicular (ou seja, boca_aii que mongoou x_x)
e também, deve ser muito injusto amor do piu-piu com o frajola, que nunca lhe fez um elogio em troca do 'acho que vi um gatinho'.
e ainda, o amor que supostamente tenho por mim, não é, de jeito nenhum, correspondido pelo meu próprio corpo, a saber das múltiplas dores de tudo: das costas, da cólica, do pescoço, do dente.
fora o tanto de dor que ainda vou sentir daqui pra mais umas primaveras.
o amor que o pai sente pelo filho vagabundo que virou bandido, que abusa de criancinhas, que mal governa uma capital, que desvia imposto suado,
as mães que amam os filhos que fazem das orgias a sua vida, que batem nas suas esposas, que gastam o salário no bar da esquina...
se o amor não é complexo, ele é, no mínimo, injusto (vide os exemplos previamente citados).

levar teu sentimento em falso?
quem sou eu?
o segredo dos nossos sentimentos vamos todos levar pra o túmulo, e muitos nunca vão saber o tanto ou o pouco que os estimavamos.
ou então vamos leva-los pra o lugar extra dimensional que a gente vai quando o mundo explodir, e a gente não tiver tempo nem de piscar os olhos, nem de pedir perdão pelo pecados em que fomos concebidos.
tá. você venceu. 'nem tudo que eu falei eu sou capaz'.
perdão pelo tempo que lhe fiz perder. antes que o mundo acabe, hoje ou amanhã, me perdõe pelo tempo perdido. talvez faça falta.
só não leve à sério todas as minhas meias-verdades e verdades integrais que tento expor usando do meu direito de liberdade de expressão.
eu me expresso, eu me expremo, eu me torço; e se você quer deixar impresso tudo que foi sugado de mim, essa é a hora; de olhar na porta do guarda roupa pra ver se acha algum vestígio das palavras que conseguiram lhe falar ao coração um dia.
mas os dias vem e vão. os amores também (embora há quem acredite na sua imortalidade),
as rosas vermelhas que ninguém mandou, murcharam, e a vendedora voltou com elas nos braços, como que carregando o ninho onde dormia o amor que ninguém quis acordar.
me entenda. vou ter que fazer algo além de esperar você voltar no seu cavalo branco, com seu casaco azul que tinha um quadriculado no capuz,
e eu que amava tanto...










;isso ainda é um sacrifício, e você não entenderia,
de: sua garota estúpida.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Sem o que escrever, mas inspirado

então, tá.
deixa passar esse seu rock'n roll,
se não quiser deixar isso pra lá, então deixa.
depois de amaldiçoar a vida, declarar amor à dor, e sofrer, sofrer... só depois volte aqui que abro meus braços pra seu frio passar.
não sabe como a vida é linda?
a dor sai no sangue, mas também sai no sorriso, sai no carinho, no suor, no delírio.
delira comigo.
me deixe segurar sua mão suada, deixa eu segurar seu fôlego raro, sua voz muda, essa lágrima nervosa nos seus olhos.
ei cara, existem lugares dentro de mim que são quase de ferro.
foi o tempo,
aprendi a matar todo ontem que foi ruim. mas às vezes páro em um dia qualquer, um dia escuro, era uma noite.
saturno te confundiu? os anéis brilhavam, e eles só olhando, olhando, se desligando...
larga tudo que lhe faz mal. larga os demônios, vem pro paraíso.
vem pra perto, distância não existe, nós também não.
então, depois daquele rock'n roll, me chama.
se ainda quiser estar bem.
é só um sonho... e sonhos não vem por acaso.
agora que fechou os olhos, não fuja.
não vou deixar você me deixar

sexta-feira, 6 de julho de 2007

zzz...

hoje eu vou morrer com o sol. juro. enquanto hoje não acaba, vai ser contagem regressiva. até o por-do-sol.
foi justo no por-do-sol que paramos. que eu parei. e é onde fiquei presa.
don't disturb me agora. saia daqui com seu telefone celular, sua ligação fora de hora, seu tom de voz forçado.
nada me parece natural. não o suficiente pra me convencer.
saia daqui com seus secadores, suas histórias, seu ego inflado, suas dores fingidas, sua máscara.
[...]
{meia hora depois...}

_ah, eu não tô com um pingo de força pra expremer meu cérebro e obrigá-lo a pensa rem algo interessante ;~
ontem foi legal apesar de ter sido a última pessoa a assistir shrek 3, eu assisti. uma tristeza de filme pirata (não me prendam, por favor, eu tenho uma vida inteira de filmes piratas pra assistir). dá até pra ouvir o povo no cinema rindo , arrotando, conversando e atrapalhando o indivíduo que levou a câmera pra filmar o filme (trabalhador muito honesto e sério ele, só pode).

[...]
{outra meia hora depois...}

dentro de casa faz tão frio! uma corrente de ar gelada circula por aqui sem dar sossego. ;x

[...]
{não sei quanto tempo depois}


que vergonha para a honra de uma mulher (táá, bem menos, dani... 'mocinha') estar em falta de perfume.
o adjetivo que sempre acompanhou a imagem feminina foi o seu perfume distinto.
vai ver os poetas estavam falando do odor natural que o corpo exala, sei lá (o odor agradável, por favor, não me entendam mal).
então enquanto uma alma compadecida não me compra um perfume (ou inventa uma nova fragrância, que tal?), eu vou ter que passar a contar com meus hormônios, o desodorante, e a sedução feminina(que por acaso, não entendo absolutamente nada disso).
não me discriminem só porque não deixo rastros perfumados em cada esquina; mas eu ainda pretendo descobrir em mim a tal da 'beleza interior' que dispensa cosméticos de qualquer sorte.
se papai do céu mandou eu ser uma menininha, então que seja uma menininha legal, pra Ele ter muito orgulho de mim ;D

aieouoaiwueoiwue, que palhaçada esse post.
;x

quinta-feira, 5 de julho de 2007

bill falou:

-a vida não é facil. acostume-se com isso.

-o mundo não está preocupado com sua auto-estima. o mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele antes de sentir-se bem com você mesmo.

-você não ganhará US$ 20.000 por mês assim que sair da escola. você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

-se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. ele não terá pena de você

-vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não abaixo da sua posição social. seus avós têm uma palavra diferente pra isso: eles chamar de oportunidade.

-se você fracassar, não é culpa de seus pais. então não lamente seus erros, aprenda com eles.

-antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são 'ridículos'. então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

-sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances até acertar. isto não se parece absolutamente nada na vida real. se pisar na bola, está despedido. rua! faça certo da primeira vez.

-a vida não é dividida em semestres. você não terá sempre os veroes livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

-televisão não é vida real. na vida real, as pessoas tem que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.

-seja legal com os CDF's (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). existe uma grande proprabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

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okay, bill.
você é O CARA.

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saudade de quando eu era sua garotinha.









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segunda-feira, 2 de julho de 2007

crisis

clarisse, me desculpe, mas eu não vou ler você.
pessoas que me acham legal, meus pêsames, que eu tô muito metida à merdinha, mandona, chata e insuportável.
há um momento eu era o ser humano mais doce da face da Terra. pretendia ser a mais madurazinha, felizinha e resolvida garotinha.
mas ele não quer mais saber de mim.
'tadinha dela, ainda tá encanada, ô dó' _ deve ser o que pensa. repito: pensa.
eu precisava ir lá no pc agora e ler todos aqueles textos que eu separei que talvez me pusessem no lugar de novo. eu queria me recompor logo. mas não, uns gritos, umas rebeldias, e é danii quem paga o pato e vai ter que se virar sozinha mesmo no seu quarto que parecia ser até legal, mas que agora tá mais pra, sei lá que. esconderijo...
será que eu devo passar a limpo todos aquelas cartinhas? mas só de reler alguma coisa que eu escrevo me dá náuseas. pra mim é como se fosse a coisa mais entediante da vida. olhando assim até parece que sou escritora famosa e tudo. cheia de pompas e frescuras. mas se eu fosse pensar na superestimação que os homens tem de si mesmos, isso aqui viraria uma loucura. até porque me stressa pensar no assunto.
será que ele vai vir aqui amanhã? será que alguém vai vir aqui me ver? baah. hoje eu me senti como um lixinho de salão de beleza com umas histórias aí. tão mau compreendida... castigo de tentar explicar demais as coisas. ah, como eu odeio ;/
não que eu importe com as aparências, mas é que eu queria alguém just like you aqui ;x só um pouquinho, já que ele nunca me fez cafuné.
ah, que solidão .
um imã nunca pode ficar sem uma geladeira. pelo menos não devia. poxa, eu sou uma imã até simpática, sua geladeira é tão fria... que frio!
o mundo girando e nossos corpos no ritmo daquele xote. ' é a nossa musica'. de olhos fechados deixo voce levar meu corpo pra qualquer canto do salão. meu corpo que escondia uma mágoa e um arranhão. mas eu não vou mais contar minha vida pra ninguem. os fofoqueiros e sem-mais-o-que-fazer-da-vida nunca mais vão saber de mim, do porque da minha cara carrancuda, do ódio escorrendo no suor frio das mãos trêmulas.
'ela é só uma rebelde sem causa' _ um brega tagarelo.
a menina que ontem suspirava na madrugada se amando, amando o frio, a noite, o silêncio...
que chatisse pensar em voltar pra escola, pra minha vida cômoda, com voz cômoda, meus passos e cadarços previsíveis de mais. ai, como tudo é pequeno" todo dia de noite o medo cômodo da tarefa que não ficou pronta, da prova impossível de passar e de pescar. é, tô sentindo até agora os sintomas da prova de quimica, depois de mais de uma semana. nossa, como quimica me faz mal! amanhã não tem aula, e eu com medo da prova que eu já fiz, do zero que eu já tirei e da recuperação que com ceretza vou fazer.
ô. por que eu tô aqui parada? tem tantos assuntos importantes no mundo, o caos, o caos, o urso polar que morreu ontem no fantástico, o gelo derretendo, o calor, o calor. nossa, como eu odeio o calor!
o mundo vai acabar.
é um egoísmo pensar em ser mãe



-hoje é segunda e eu com medo de só acordar na sexta..

vai

vai todo mundo vai embora um dia vai; todo mundo vai embora um dia vem; todo mundo acha que não vai voltar, mas volta
ainda que estranho o seu sonho, todo mundo atravessa um oceano pra tentar a vida lá do outro lado. leva um coração partido apaixonado
todo mundo diz que se arrependeu, que aquele amor será pra sempre seu
mas a nossa vida continua agora; cada um tem seu lugar guardado na história
ninguém ganha nada sem perder na história
não volte por medo de sofrer
tempos e ventos e noites e tardes passando de gente partindo de gente chegando;
na vida da gente não falta saudade e tudo que simbolize a paz

deixe espalhado em sua casa violetas, flores e perfumes
assim o nosso amor se manterá intacto
ninguém ganha nada sem perder, se manterá intacto
fico aqui torcendo por você