quarta-feira, 27 de junho de 2007

não iriam ler

antes que o contato com meu mundo normal e comum estrague meu impressionismo, antes que eu me esqueça, eu preciso falar.
não sei mesmo como começar a falar de guerra. um assunto um tanto quanto estudado e discutido...
guerra.
sensacionalista ou não, lá vamos nós.
esqueci metade das coisas que tinha pra falar depois que assisti um documentário que se tratava da obsessão de alguns mulçumanos radicais; e toda vez que eu tenho contato com esse tipo de informações, eu percebo que esse mundo aqui está por um fio.
imagino que, assim como eu, qualquer outro que se deparasse com aquele bombardeio de frases soltas e de efeito [muito efeito por sinal, pena que não muito duradouro], no momento seguinte, quando a cabeça esfriasse e os nervos perdessem a tensão, todo o choque provocado pela realidade nua e crua e amarga do mundo sararia.
o choque sara, mas o mundo está realmente necrosando.
os radicais [por exemplo os responsáveis pelos ataques de 11/09, atentatos em madrid, russia, etc] são mulçumanos que acreditam que quem não crer cegamente na sua religião deve morrer.
educam seus filhos a morrer por Alá, diferente da maioria de nós que pelo menos já ouvimos falar em viver por Deus, amar a vida, coisas que soam normais aos nossos ouvidos.
então a vitória está na morte, e podia ser sua irmã ou sua prima aquela menininha no programa de tv que nem o da xuxa, repetindo que quer ser uma guerreira suicida para ajudar a acabar com os judeus.
assim como todo mundo sabe o que é pular corda, lá os pequenos conhecem muito bem os revolveres e metralhadoras que mantém vivo o seu ódio. puro ódio. aquele povo é movido a ódio.
e a questão é que eles dão suas vidas para que o islã domine o mundo e para impedir que os EUA o faça
de fato, a cultura americana está indiscutivelmente inserida nas nossas vidas, mas nós ainda temos a opção de não ceder, ou no minimo, evitar isto.
a linha de raciocinio desses radicais é a mesma dos nazistas: eliminar quem for contra.
os filmes infantis, histórinhas e contos que ouvimos ao longo das nossas vidas nos dá uma doce ilusão de que o mal, depois de vencido, simplesmente desaparece ou se torna bonzinho. estamos sendo de maneira terrivel enganados, porque na história da humanidade o mal nunca nos deixa em paz.
um belzebu qualquer deve ter encarnado hitler e mesmo depois das guerras mundiais, ele vem tomando espaço nas almas de mais gente do que os pobres de nós imaginamos.
a guerra deles é contra o ocidente. não imaginamos o tamanho deste ódio.
sinceramente, eu não sei o que fazer.
sempre a vida inventa de nos revelar mais um problema, mais uma dor de cabeça que nos anestesia e nem incomoda mais; e agora eles estão lá sonhando em conquistar o mundo na base do sangue e da morte e movendo céus e terras para conseguir isso.
e nós? civilizados ocidentais estamos aqui nos preocupando com o que a vizinha vai falar se eu fizer isto ou aquilo com o cabelo. gritamos, choramos, esperniamos, reclamamos, só por experimentar essas emoções que nem sabemos quando usá-las.
na hora de uma dor de verdade, por um motivo de verdade.
e nos reduzimos a perseguidores de pneus ou falta de curvas no corpo.
eles são obsecados pelo que foram ensinados desde pequenos. os pequenos deles estão crescendo agora, e fazendo estragos.
e quanto aos nossos ideais? pelo que lutamos? pelo que daríamos nosso sangue colocando bombas ao redor de nossos umbigos?
o que tem valor? o que podemos fazer...

interrogações. e uma mente de menina confusa e intrigada o suficiente por ainda estar aqui. paralisada. 'por um instante sem nenhum mundo no coração'

6 comentários:

  1. Ella, é bom não termos nenhum objetivo nem meta neste mundo. A vida fica vazia, mas pelo menos não caímos em ilusões que nos arrastem para o fanatismo, não viramos fantoche de ninguém! As pessoas pensam que os ateus sem ideais são perigosos e antisociais, mas a prática mostra que os religiosos e os envolvidos em utopias políticas e sociais é que são quase sempre os responsáveis pelos atos mais danosos para os outros. Indiferença diante de todas as metas, vazio diante das id(é)(eais)ias ilusórias(os) dos outros, é isso que nos torna livres na medida em que isso é possível.

    Não se esqueça de voltar ao Meninodolho, tem postagem nova te esperando!
    Richi Nean

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  2. Esqueci, você sabe o caminho, mas e quem estiver lendo o comentário?
    http://meninodolho.blogspot.com/
    http://meninodolho.blogspot.com/
    http://meninodolho.blogspot.com/
    http://meninodolho.blogspot.com/

    "QUEM NÃO LÊ MENINODOLHO NÃO TEM OPINIÃO. TEM OPINIINHA".

    Richi Nean

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  3. O nosso americanismo, no entanto, é tão terrível quanto toda esse fanatismo. Mudam os hinos mas continuam as batalhas. No fundo, são todos os mesmo seres humanos e é isso que acaba diminuindo qualquer esperança. Sempre os mesmos homens, os mesmos erros sob nomes e disfarces diferentes. Parodiando uma música: "As crenças são outras, os erros os mesmos"

    Eu te pergunto: errados são eles ou nós?
    Creio que os dois. Culturas diferentes, formas diferentes de julgar... Podemos condená-los tanto quanto eles nos condenam e, ainda assim, seremos ambos imundos e culpados.




    Quanto a teu comentário xD
    Silêncio absoluto deve enloquecer tanto quanto barulhos em exagero, né... Um meio termo seria ótimo.. :O

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  4. é bom, mesmo que por um segundo, ficar longe do mundo.

    Au Revoir

    =]

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  5. "toda forma de poder é forma de morrer por nada"

    concordo com alguém ai em cima que disse que o fanatismo só prejudica.

    seria tão bom se cada ser humano pudesse viver sua vidinha e acreditar no que quiser.

    Mas "nos deram espelhos e vimos um mundo doente".

    adorei seu post!!

    só uma dúvida, vc esta se referindo àquele vídeo da aula de rominho?

    ;*

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  6. eu não sei o que dizer.

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