domingo, 3 de janeiro de 2010

Tarde como outra.

Vontade de cantarolar uma música no pé do teu ouvido.
Pensando bem, se você estivesse tão perto a ponto de ouvir um cochicho musical, eu não precisaria proferir essa canção que me torra a paciência agora.
"Me telefona. Chama, me chama, me chama, me chama-a-a-a-a-a-a".
Okay. Isso pareceu infantil e imaturo depois de escrito mas, a realidade deve ser encarada de frente. E é só o que eu tenho diante de mim nesse instante: uma tela de computador com umas letrinhas que se movimentam à medida em que pressiono as teclas do teclado. Elas avançam e recuam e avançam até que a mentora do texto se deixa vencer e publica qualquer coisa com a desculpa da espontaneidade.
Já que é pra ser transparente e franca (mesmo que eu corra o risco de parecer boba), vou logo me adiantando e contando o que tem passado pela minha cabeça nos últimos dias.
Por acaso estou de férias e é início de ano.
Fico preocupada ao perceber que todos tem razão: é um período importante. Logo, o Reveillon era pra ter sido importante, ou seja, começo o ano me arrependendo de não ter dado a devida importância à mística transição de um ano para outro. Talvez isso explique em partes, o porquê da onda de mal estar e ressurreição de questões mal resolvidas do ano findo.
As noites foram estonteantemente lindas graças à genialidade do Supremo Criador. Ontem, por exemplo, a lua estava imensa e pendia para a direita do ponto em que eu fixei as vistas. Tão brilhante e mentirosa... Porque ela não brilha coisíssima nenhuma. Se não fosse o sol (que ninguém elogia ao meio dia), não teríamos mais o motivo principal da babação noturna. Quanto à lua, sempre lembram de exaltá-la, não importa a hora. Pronto, agora estou com raiva da lua.
Sou encantada mesmo é pelas nuvens. Elas sim me deixam boquiaberta. Minha paisagem preferida é um céu coberto de nuvens com seus formatos tão diversos que parecem ter sido esculpidos pelas mãos do próprio Todo Poderoso. São esculturas que transmitem emoções e despertam sentimentos e reflexão. Como conseguir tudo isso apenas observando as nuvens? Tente ser só mais um pouquinho alienado. Porém, tão logo lembre, volte ao seu estado natural por mais frio e pessimista que seja. É mais seguro.
Nunca fiquei tão feliz em escrever um texto tão desconexo! Isso significa que eu fugi totalmente do assunto inicial e isso é bom de verdade.
Imagine só, eu aqui pensando em canções que clamam pela presença do objeto desejado e este mesmo objeto em algum outro lugar pensando qualquer coisa que nada tenha a ver com minha humilde existência! Então eu me tornaria mais humilde ainda.
Voltar aos meus afazeres agora.




3 comentários:

  1. Sou um blogueiro ainda, embora não pareça! Estou em um projeto de blog novo, pois o ciclo da ótica de um míope terminou.

    Foi uma experiência ótima mesmo, também me divertia, estava conhecendo outras realidades com vocês. Mas sei lá, né... O tempo passa, arrasta um pra um lado, um pro outro e as coisas mudam.

    Mas sempre é tempo de tomar atitudes (como a sua). To ali online quase sempre, quando quiser ficar divagando sobre qualquer coisa... Enfim!

    ;D

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  2. Sobre o texto, que felicidade quando desviamos do assunto inicial!

    Também gosto de nuvens, além de cobrir o sol (não gosto de muito calor), tem formas bem interessantes.

    ;D

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  3. Para mim, um céu azul repleto de nuvens parece uma pintura a três dimensões... Quando vejo assim um céu apetece-me tocar nas nuvens e movê-las até criarem o desenho que me apetece ver :) Obrigada pelo teu comentário, Dani.

    Vou voltar ao teu blogue ;)

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