domingo, 27 de março de 2011

Como é.

Poderia me levar pra passar o fim de semana. Sem data especial, sem consultar a agenda, sem lembrar do estudo acumulado pra semana que vem.
Apenas vir e levar; como era antes. Como era procurar um lugar pra comer meia noite, algo difícil em uma cidade pouco grande do interior.
Enganar a todos e te manter em casa até o outro dia.
E nem é isso que reclamo.
Sinto a falta do seu braço displicente jogado sobre minha perna enquanto assiste algo no monitor. O estalar de lábios no meu rosto sem pretensão: um jeito de mostrar que gosta que meu rosto esteja ao alcance de um beijo? Falta o recostar de seu tronco cansado no meu colo; oferecendo-me a pele para ser acariciada, eletrizada.
Agora, quando vem, fala de assuntos que não me lembro porque não fala de nós nem de si. Fala pra acelerar o relógio, pra gastar palavras, cansar a língua. Respondo pra fazê-lo rir de um erro desapercebido ou de um detalhe curioso. Nada o faz pousar aqui, no entanto.
Prendo o corpo, os sentidos mas a mente anda solta. Voa como pipa sem dono e sem descanso.

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