segunda-feira, 7 de junho de 2010

De meia em meia... hora!

Um momento reservado aos olhos. Dê aos nosso olhos, um momento a sós.
Permita que se mergulhem, que se descubram, que se espantem.
Um momento peço também para o riso. Aquele mesmo... o riso sorrido por nada nem por ninguém. Um riso seu é o que quero guardar.


E o medo, hein? E a insegurança normal de toda garota: "O que ele vai achar de mim". 
E a cautela de todo homem prudente: "Será que posso andar por aqui?"
Porque somos isso mesmo. Uma garota normal e um homem prudente.
Algo em comum? Algo que nos una?
Devaneios sobre a vida. Sobre os sentidos e gostos e vivências. Mais do homem que da garota, como era de se esperar. Porém, deixam-se surpreender. 
Não que tenham ouvido teorias geniais ou fora do comum. Surpreendem-se com o papo leve, com a vontade de acabar com os roteiros que ordenam a aproximação dos seres sociais. Acabar com a cara de estranho que o outro insiste em vestir. Mostrar logo de que se é feito.


Eu sou de carne. Estou nessa com você se não quiser ir sozinho.
Quero com você rir da espinha que nasceu na ponta do meu nariz hoje de manhã. Quero que me mostre o furo na sua meia que fez seu pé ficar engraçado. Quero que me conte qual foi a maior gafe que você já cometeu.
Quero ser humana, com você, entende? E depois anjo... Mas agora, só podemos ser assim. E então, tudo bem pra você?
Venha "sem rodeios" ou cerimônias ou qualquer coisa que lhe pareça inútil.
Sou eu quem não quer ser a inútil aqui.
Então, nossa conversa será sobre isso: Você precisa de alguém? Precisa?
Porque, senão, eu guardo minha roupa vermelha, desbroto a flor no cabelo e ando.
Abro a porta e fecho pra sair.
Abro a porta e fecho pra entrar.
E só.

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