terça-feira, 9 de outubro de 2007

Só mais um.

Parece que os traços realistas e naturalistas da literatura que tanto me é penoso estudar, por fim me influenciaram de tal modo as idéias que eu desisto de escrever antes mesmo de pensar em algo.
É que venho sofrendo de um pensamento: o que insiste em lembrar que nada disso é necessário.
Os papéis e as flores dos romances já murcharam há décadas, por mais que tenham lhe impressionado, livros sempre param no fundo de uma caixa empoeirada.
Então pra quê encaixar em uma sequência quase lógica de palavras bonitas e meio incomuns ao cotidiano um sentimento mais volátil que as próprias mentes que a irá processar?
Pra quê expor as dores, os amores, os medos, as dores de cotovelo enrustidas se alguém com certeza já fez isso e incomodamente melhor?
Desculpa mas, não venham cá atrás de revelações assustadoras sobre algum disfarce descoberto, ou uma conclusão estarrecedora como a futilidade do ser humano.
Meu egoísmo me permite fazer vítima quando for conveniente.
A argila de que fui feita me permite despedaçar,
eu posso me desfazer, derreter e ser moldada mais uma e outra vez.
E a lista de coisas sujas e sublimes do homem (cuja integralidade desconheço pelo bem do meu sono), me induz a pensar na hipocrisia.
E chego a outro extremo (que nada mais é que um misto sintetizado de teorias): para falar de assuntos pertencentes ao lado belo da vida, é preciso mentir que o lado mau não existe ou atenuar o impacto que ele causa initerruptamente nas nossas pobres almas. E vice-versa.
Mas lógico que é plenamente possível que falemos da beleza das coisas consideradas más.
Ou até mesmo, o que é mau pra um, é sinônimo de normalidade para outro.
Cabe à qualquer um mais desocupado, filosofar se o fato de algo ser normal o torna bom ou ruim.
Pra finalizar esse comentário disforme e sem propósito, o único julgamento cabível servirá para constatar se há nele algum fundo de verdade, ou se é tudo babaquisse. O que é bem mais provável.
Mas daí seria preciso nos precipitarmos para a teoria da relatividade ou qualquer outro fruto da tentativa arriscada de tentar entender 'gente'.

2 comentários:

  1. As pessoas são muito complicadas, realmente é difícil falar delas, ainda mais SENDO uma delas.
    Teorias sempre vão inventar,
    Vão sempre tentar escrever sobre várias coisas,
    mas, o importante é você pensar sobre isso. O que tu vai pensar, com certeza vai ser diferente, do que outro pensar.


    ----
    Some não! Quero seus textos de novo!
    Saudades...

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  2. oieee!
    não entedi, ''liberdade de não dar parabéns. (???)


    abçs

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